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7 de março de 2009

Estupro, Aborto, arcebispo, Igreja... e a minha opinião



Se você não sabe do assunto que vou falar aqui só pelas keywords (palavras-chave) que coloquei no título desta postagem, eu ficarei rico, pois acabei de descobrir que você é um extraterrestre.


Falo assim, porque esse é o assunto mais falado no Brasil todo e corre o mundo esta notícia:


"Menina de 9 anos é estuprada pelo padrasto e engravida de gêmeos. Arcebispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho, condenou os envolvidos na interrupção da gravidez da menina"


Infelizmente hoje, ninguém mais diz: "não sei". Todo mundo quer "expressar-se opiniologicamente" (todo mundo dá o seu pitaco/ palpite numa história). Muitos o fazem sem nenhum conhecimento no assunto. Outros rasgam-se em severas críticas, sem saber de toda a realidade. Também resolvi falar sobre o assunto, agregando o pouco que seu, humildemente falando, sobre aborto e outros assuntos relacionados à religião.


Primeiro, falando sobre o que a Igreja pensa sobre o aborto:


A Igreja não aceita o aborto em caso algum, nem mesmo em caso de estupro ou má formação congênita, porque o dom da vida só pode ser tirado por Deus.  Apenas no caso de legitima defesa da vida, quando não há outra alternativa, pode-se tirar a vida do agressor injusto; nem de longe é o caso ocorrido com a menina. Jamais um feto pode ser taxado de agressor. Se você não acredita em Deus, ou não seja católico praticante, provavelmente não compreenderá nem muito menos aceitará estes argumentos.


Pense comigo:
  • Os médicos não poderiam ter tratado a menina com todos os recursos possíveis - e tão difundidos - da medicina?
  • Será que os médicos avaliaram se a menina poderia gerar os filhos e dá-los à luz, mesmo com o auxílio da cesariana? Sabemos que um feto pode sobreviver hoje fora do útero até com cerca de 400 gramas.
 Outro ponto a ser discutido aqui é que o arcebispo não aplicou a pena de excomunhão às pessoas que interromperam a gravidez da criança. Ele apenas informou que tais pessoas estavam excomungadas pelo “Código de Direito Canônico”, que prevê a excomunhão “latae sententiciae” (cânon 1398), ou seja, automática, para quem pratica o aborto ou colabora com a sua execução. Pois como falei acima a Igreja não é conivente com nenhuma forma de aborto.


O que é para se pensar e o que as pessoas de fato passaram a questionar o aborto, com mais afinco, é o fato de uma criança de nove anos ter sido estuprada. Um adulto, com o seu corpo hormonalmente formado, que venha ser violentado sexualmente já trás em si grande polêmica o que dirá uma criança amplamente indefesa. De fato isso é altamente revoltante. Para alguém, que não acredita em Deus, pensar que Ele poderia fazer com que toda a gestação até o nascimento e a vida das crianças (a mãe - uma criança - e seus filhos) transcorresse no mais perfeito estado, isto seria um absurdo. Para quem pensa o contrário seria compreensível acreditar que Deus tem poder para isso.


A verdade é que devemos nos colocar na posição dos pais da criança estuprada: o que faríamos? Consentiríamos no aborto? Esperaríamos pra ver o que aconteceria, tendo a possibilidade de ver a filha morrer? Tudo isto é uma questão de visão e de posição.


Pra finalizar o que é, de fato e de direito, a excomunhão:


O Catecismo da Igreja Católica, no item 1463, diz que:


"Alguns pecados particularmente graves são passíveis de excomunhão, a pena eclesiástica mais severa, que impede a recepção dos sacramentos e o exercício de certos atos eclesiásticos. Neste caso, a absolvição não pode ser dada, segundo o direito da Igreja, ao não ser pelo Papa, pelo Bispo local ou por presbíteros autorizados por eles. Em caso de perigo de morte, qualquer sacerdote, mesmo privado da faculdade de ouvir confissões, pode absolver de qualquer pecado e de qualquer excomunhão."


* Traduzindo a frase da imagem:


"Agora me olhe nos olhos: você se sente orgulhoso de ser uma m*rda!

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